O que o Poker nos ensina sobre negociação?

O Poker é um dos jogos de cartas mais populares do mundo, existem inúmeros torneios que são transmitidos pela tv, sem contar os diversos sites e aplicativos para smartphones e tablets existentes para alegria dos fans desse jogo.

O poker também é frequentemente lembrado em cenas dos mais famosos filmes como em 007 Casino Royale, este artigo, no entanto não tem por objetivo discutir sobre as regras e combinações de cartas e sim como o comportamento adotado pelos jogadores em suas partidas podem ser utilizados no mundo dos negócios.

No poker “ cada jogada deve ser feita analisando obviamente as cartas que você tem na mão, mas, além disso, um bom jogador tem que estar constantemente fazendo uma análise técnica da sua posição na mesa, dos seus adversários, do seu stack (quantidade de fichas), do momento do jogo, do nível do blind (o famoso pingo, que vai subindo constantemente de tempos em tempos no decorrer do jogo), assim como estar preparado emocionalmente para dificultar a sua “leitura” para os seus adversários (demonstrar empolgação com uma boa mão, desanimo com uma carta que vira fora das suas expectativas). É claro que um pouco de sorte ajuda, mas com certeza ela fica longe de ser o fator determinante do sucesso ou fracasso no jogo!” Fauze Jibran.

Abaixo seguem 5 dicas de como o pôquer nos ensina a sermos melhores negociadores.

1-      Controle o seu ímpeto. Não demonstre excesso de confiança sem antes ter certeza de todo o cenário da negociação, muitas vezes negociações dadas como certas fracassam pela neg

2-      Mantenha a calma. O nervosismo se percebido pelas outras pessoas participantes de uma negociação pode causar grandes transtornos e dificuldades no fechamento de um acordo.

3-      Mantenha o otimismo – Mesmo que por hora veja que está em uma situação de desvantagem, mantenha o pensamento positivo e busque alternativas

4-      Pensar em longo prazo – Algumas vezes você terá que fazer uma concessão inicial para ter melhores resultado no futuro, mas tome cuidado, pois um cliente pode tentar induzir você a dar aquele desconto prometendo um novo pedido no futuro, nas na realidade ele não irá comprar.

5-      Estar atento a truques e armadilhas- nem tudo que parece ser vantajoso demais realmente o é. Fique atento a promessas e facilidades, por trás da oportunidade pode haver um problemão.

De posse dessas 5 dicas busque aplica-las em seu dia a dia e colha os frutos de negociações mais vantajosas.

Inovação: Como usar o modelo Design Thinking e ser mais competitivo.

Ainda quando criança, quando costumava brincar na rua com meus amigos, era comum inventarmos jogos e brincadeiras, ou ainda imaginarmos a construção de casas na árvore, montagem de brinquedos e etc. Lembro-me especificamente dos “Carrinhos de rolimã”, muito utilizado por crianças na década de 90, normalmente eram feitos de madeira e com rodas de rolamentos e a direção era controlada pelos pés, os freios eram um pedaço de madeira preso a estrutura do carrinho que ao puxarmos fazia atrito com o asfalto. Mas cada um gostava de incrementar ao seu os mais variados acessórios, o objetivo era ter o melhor e que encantasse a turma. Normalmente o processo de criação desse carrinho iniciava na troca de ideias com os amigos, e nela surgiam as mais mirabolantes opções de “inovação”.

Afinal, o que isso tem a ver com o título desse artigo? Posso afirmar que tudo. O Design Thinking é um processo utilizado para estimulo da criatividade e da inovação. Pode ser focada em produto, serviço ou até mesmo em processos organizacionais. O Design Thinking é derivado do design, que tem como principal objetivo agradar o cliente.

Durante muito tempo as empresas trabalhavam focadas apenas no lucro e pouco se importavam com o consumidor. Isso pode ser comprovado através de célebres frases de grandes industriais do século XX, em uma delas Henry Ford, um dos principais nomes da Administração, demonstrou total desprezo pelo desejo dos consumidores que queriam carros com outras cores além do preto. Ele chegou a afirmar: ”Vocês podem querer um carro da cor que desejarem, desde que seja preto”(Henry Ford).

Com o avanço das tecnologias e o aumento do acesso a informação, os consumidores passaram a ficar muito mais exigentes, e a abordagem voltada apenas para o lucro passou a ser um grande problema para muitas empresas que viram concorrentes surgirem com inovações e conquistando seus mercados, a própria Ford quase entrou em colapso quando a GM lançou seus primeiros carros em outras cores.

O Design Thinking propõe uma outra ótica, o foco é a satisfação das necessidades e desejos dos clientes, sem abrir mão do lucro e rentabilidade do negócio. A abordagem do Design Thinking é fundamentada na colaboração entre os indivíduos, através do uso de equipes multidisciplinares. O processo criativo e de inovação quando realizado em grupos tende a promover muito mais resultados do que aqueles criados de forma individual, o Design Thinking “pensa” conforme o famoso ditado “duas cabeças pensam melhor do que uma. ”.

Em quais situações posso utilizar o Design Thinking? Ele pode ser utilizado para a solução de um problema, a criação de um produto/serviço, inovação ou ainda em melhoria de processos internos de uma organização. O primeiro passo é ter uma equipe multidisciplinar envolvida, e quanto mais heterogênea for essa equipe melhor será. O objetivo é que durante o processo a equipe possa visualizar um problema e suas possíveis soluções de diversos pontos de vista diferentes.

Podemos dividir o Design Thinking em 3 etapas principais, Imersão, Ideação e Experimentação.

Imersão - é a primeira etapa do processo o grupo irá buscar entender as dificuldades e problemas enfrentados pelos usuários de um determinado produto o serviço, o ideal é que seja feita a observação in loco, ou do momento que o cliente usa o produto. É muito importante usar da empatia, colocar-se no lugar dos usuários.

Ideação – é a segunda etapa do processo, e consiste na realização de um brainstorm entre os membros da equipe, e todos devem expor os problemas e desafios que identificaram e propor soluções (Nenhuma ideia ou solução é descartável), durante essa etapa os membros da equipe devem dar e receber feedback e definirem quais ideias irão passar para a última etapa. Deverá ser levado em consideração todos os aspectos envolvidos na elaboração de um novo produto, como matérias primas, tecnologias disponíveis, custos e etc.

Experimentação – Após serem desenvolvidas as ideias e definido quais serão executadas, é o momento de ser iniciado o processo de prototipagem, que nada mais é que a criação protótipos, para que possa ser avaliado o seu desempenho e realização de ajustes que porventura possam ser necessários. Após avaliado e aprovado o protótipo deverá começar a ser implantado definitivamente.

O mais importante no processo de Design Thinking é a interação, através de sua metodologia um gestor consegue com eficiência engajar toda a sua equipe na busca da satisfação de seus clientes, quanto mais profissionais participarem do processo maior riqueza de detalhes serão encontradas, e consequentemente maiores possibilidades de inovação.

Competitividade em servir.

Como Missão, visão e valores podem contribuir para a competitividade da empresa.

Toda empresa deve ter bem definidos e claros esses três importantes norteadores para o seu negócio, eles são vitais porque constituem a identidade e determinam a cultura da empresa. 

Entretanto vemos por muitas vezes empresas que agem de forma incoerente com os seus valores, ou por terem o esquecido ou por simplesmente eles não estarem presentes no dia a dia da equipe. Isso normalmente ocorre em empresas que visam lucro acima da missão, e isso pode acabar custando caro. 

Missão, visão e valores representam de alguma forma o que seus sócios têm como ideais visão e a razão de existir do negócio. Para a empresa seguir dentro desse escopo é necessário a organização que em seu processo de construção sejam incorporadas pessoas com os mesmos ideais, afim de perpetuar os valores da empresa. 

Empresas que se desviam de seus valores acabam por enfrentar dificuldades no andamento do negócio, a liderança é ineficiente e a equipe por sua vez segue sem gerar os resultados desejados. 

Mas por que a falta de foco na missão pode ser tão danosa? Simplesmente porque ao esquecermos a razão de existir da empresa, no que tange à entrega de valor a sociedade, e focamos apenas no lucro a qualquer custo, impactamos negativamente os diversos stakeholders.

Uma empresa não deve buscar valores apenas de caráter econômico, deve considerar e monitorar sistematicamente o interesse pelas pessoas, pela integridade, senso de responsabilidade, comprometimento e respeito. Esses fatores são capazes de afetar a qualidade de vida das pessoas envolvidas com a organização e por isso as empresas devem sempre buscar alternativas para melhorar a qualidade de vida de seus funcionários, clientes, sociedade e fornecedores.  

Por fim, os valores de uma organização não podem se afastar de fatores éticos. Toda empresa deve ser competitiva, mas não pode fechar os olhos para o compromisso de servir. Portanto, toda empresa deve ser competitiva em servir, desta maneira ela contribui para o desenvolvimento de seus parceiros e consequentemente colhe frutos, alcançando crescimento e desenvolvimento duradouro.

Os seis chapéus do pensamento de Bono e sua aplicação na rotina de um líder.

Ao longo de sua jornada, um líder irá passar por diversas situações conflituosas que exigirão várias habilidades para que possa contorna-las, e assim, continuar levando adiante o planejamento da organização e a busca pelos resultados tão esperados.

Num ambiente corporativo cada vez mais dinâmico o líder precisa compreender com maior precisão a influência dos stakeholders na empresa, como lidar com conflitos, como enxergar oportunidades e etc. Logo é necessário versatilidade.

O estudo dos 6 chapéus do pensamento, nos leva a entender como um bom líder pode combinar as características e qualidades presentes em cada tipo de pessoa e ser cada vez mais assertivo.

Cada chapéu possui uma cor, e essas cores representam algumas características positivas que as pessoas possuem conforme o quadro abaixo.

Cada profissional tende a se identificar mais com uma cor de chapéu, entretanto usamos todos os seis.

Branco: Neutralidade, informação disponível, paz, serenidade, resiliência.

Vermelho: Emoção, paixão, sentimentos, superstições.

Preto: Ceticismo, maior senso crítico, questionador, lógico.

Amarelo: Otimista, brilho, energia positiva.

Verde: Criatividade, inovação, flexibilidade, bom humor.

Azul: Organização, planejamento, controla, focado.

Cada uma das características acima é importante para um profissional e principalmente a um líder, todos os chapéus possuem também seu lado negativo que tem que ser trabalhado. A grande reflexão é que como são chapéus, podem ser trocados.

Se um indivíduo se identifica mais com um determinado chapéu não significa que ele não tenha características presentes nos outros chapéus, no dia a dia corporativo temos que estar ávidos a mudar de chapéu sempre que necessário, para poder enxergar situações de outros pontos de vista para ser cada vez mais assertivo nas ações e consequentemente alcançar seus objetivos.

Faça uma reflexão, qual dos chapéus você precisa melhorar?

Um Abraço.